28 de setembro de 2007

a fonte


27 de setembro de 2007

Covas

25 de setembro de 2007

18 de setembro de 2007

Divulgação

Abre hoje, no café concerto do Teatro Municipal da Guarda, a minha exposição que se intitula Grand Tour. Vão lá vê-la, e aproveitam para comer no Belo Horizonte, tomar um copo no Zincos ou no Ponto G ou no Rock On, e já agora ver a obra.
O site do Teatro aqui.


Aqui vão as notas da exposição:

Grand Tour é um projecto que sintetiza numa parede três semanas de investigação arquitectónica. Os desenhos foram feitos no local, em Julho de 2007, em Inglaterra. Representam uma análise arquitectónica de cerca de 30 edifícios, e provêm de dois cadernos de viagem. Nesta instalação, encontram-se ampliados e ordenados cronologicamente da esquerda para a direita e de cima para baixo. Os instrumentos utilizados são o lápis de grafite, a esferográfica e o marcador.

O nome Grand Tour é cheio de ironias. No século XVIII, era o nome dado à viagem dos jovens nobres e/ou abastados em Inglaterra, enviados ao Continente para se cultivarem. O ponto alto era Roma, onde os bárbaros medievais ingleses encontravam a pureza e o fascínio do Mundo Clássico, que depois levavam para a terra-mãe. E levavam-nos através de pinturas e esculturas que compravam ao longo do periodo no estrangeiro, mas também estudando a arquitectura que rareava no seu país, e que viam como forma de os distinguir dos comuns. Construíram, à chegada, casas de campo e de cidade que reflectiam essa paixão pela Antiguidade, muitas vezes mais idealizada que real. Hoje em dia, quando vamos a Inglaterra ver esses produtos do Classicismo, eles parecem-nos assim ainda mais clássicos que no continente porque foram abstracizados da sua concepção original, libertados de todo o contexto italiano ou francês. Essa é uma ironia, mas a outra é o facto de estes desenhos serem, tal como os dos arquitectos há mais de 200 anos atrás, desenhos úteis. Procuram resolver problemas arquitectónicos, e não ser particularmente belos ou apelativos. São desenhos de estudo, com um propósito claro - construir com métodos e linguagens tradicionais. A ironia está no facto de essa ser hoje em dia uma actividade tão marginal que Grand Tour perdeu qulquer grandiloquência, e passou assim ao domínio do especialismo.

Alexandre Gamelas, 4 de Setembro de 2007

17 de setembro de 2007

aftermath


15 de setembro de 2007

ligação

14 de setembro de 2007

a vir para casa

Passo por uma obra, do outro lado da rua. Em baixo, no passeio, vai uma menina a passar com uns saquinhos de compras. No último andar, 3 trolhas que deviam estar a encher placa. Um deles começa a gritar cá para baixo:
— Menina!
Ela faz que não ouve, e continua a andar.
— Menina! Ó menina!
Eu já a imaginar a cena toda: ela vira-se para cima e ele manda-lhe uma daquelas bocas estereotípicas. Finalmente ela lá olha, e ele disse,
—Desvie-se lá do passeio se faz favor! [estavam a içar uns ferros].
Engoli os preconceitos burgueses e fui para casa calado; foi um destes momentos em que até se tem fé na humanidade.

12 de setembro de 2007

de cara lavada

É no que dá estar sem fazer nada à espera de trabalho.
Agora está tudo arrumado, cores, título (as fotos vieram de Covas, ainda se entrevê um coração a sangrar entre o B e o A) e links a que limpei o pó. São bem menos, e espero que cresçam entretanto.

11 de setembro de 2007

Sábado, 15
Telefonem a confirmar.

10 de setembro de 2007

survival kit

Não é meu, mas tem tudo o necessário para sobreviver à grande numa tarde no rio Mondego, incluindo azeite com ervas, tomate biológico e mini botija de gás.

Este fim de semana, passado na Guarda, lembrou-me que o material genético do Australopitecus Afarensis ainda abunda por aqui. O serviço dos restaurantes pode ser mesmo mau e idiota, ainda que sempre "honesto". Qual cliente tem sempre razão, qual quê. E na Sé, quando pedimos para visitar a cobertura, fomos recebidos por uma criatura (já apelidado Quasimodo pelos nativos, corcunda e com a boca à banda) à qual foi preciso quase implorar que nos vendesse bilhetes. Enfim, depois queixam-se.
(já agora, houve aí alguém em baixo que disse que a Guarda é feia. Não é não, mas está a ficar e depressa, graças às construções horríveis dentro da muralha, a Praça absolutamente detestável e um centro comercial novo que ameaça escavacar o lado do Torreão. Está entregue à bicharada.)

5 de setembro de 2007

S. Domingos

Pôr do Sol no Douro, com as árvores queimadas em primeiro plano. O Douro é lindíssimo; e seria ainda mais se não fosse a porcaria da paisagem toda escavacada com eucaliptos e casitas feias espalhadas por tudo o que é sítio. Já sei que é mais democrático e liberal que cada um tenha a casa que quer, mas esta é a minha veia totalitária.

4 de setembro de 2007

My very own country house

Com o tecto a cair, mas é ela. Com a adega por baixo e os quartos por cima, portadas de madeira por dentro, paredes de meio metro de espessura, tectos e guarnições intactos, jardim e lareira. Como deve ser.